DE VOLTA...




Estou doente,
E desacreditei na cura.
Tentei anestesia, repouso,
Fui de férias.
Encontrei outros mundos,
Universos igualmente profundos.
Mas nada do que vi e senti
Apagou as marcas em mim
De ti.

Posso procurar na tua pele
Um analgésico extraordinário,
Alucinogénico, extasiante, excitante...
Em ti encontrarei tudo,
Desde que não peça paz.
Para o que eu sinto
Não existe ainda analgésico 100% eficaz.

Se me quiseres, agora,
Serei como uma última dose de droga,
Invadindo o organismo
Sem encontrar resistência.
Prazer, euforia, energia,
Que vicia.
Sem consciência.
A derradeira experiência.

Uma outra tentativa de qualquer coisa,
E nenhum de nós fica curado,
Não há assunto encerrado.
As nossas perguntas e respostas,
São envelopes fechados,
Escritos para nunca abrir,
Apenas sentir…

1 comentário:

nOgS disse...

Se me quiseres agora, ter-me-ás como eu sou. E nada de mais verdadeiro existe.

Lindo:)

Beijooo